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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O VULTO


Não houve lágrimas na aldeia
Não houve tempo de nascerem lágrimas
Quando o avião passou

Arnoldo Pimentel

12 comentários:

  1. Limerique

    Era uma aldeia chamada Guernica
    Cujo destino a lógica não explica
    Esquadrão teutônico
    Num reide vulcânico
    Com bombas transformou-a em nica.

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  2. Limerique

    Entre nuvens um vulto enorme
    Ameaçador, temível, disforme
    Aquele vulto mortal
    Que no ventre de metal
    Trazia bomba, letal, oviforme.

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  3. Limerique

    Quando amanhecia aquele dia
    Nas espessas nuvens mal se via
    Estranha ave raivosa
    Metálica perigosa
    Que do ventre a morte adviria.

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  4. Limerique

    Certamente dos pedestres oculto
    Escondido entre nuvens, o vulto
    No interior trazia
    Ovos da agonia
    Causadores do maior tumulto.

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  5. Lindo,Arnoldo! abraços praianos,chica

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  6. Só a poesia tem tempo para a falta de tempo...

    Belo poema!

    Abraços, bons caminhos...

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  7. Triste... desolador. Muito lindo o haikai Arnaldo. Abraços

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  8. Arnoldo, querido poeta!
    Muito lindo!
    Fiquei pensando em transitoriedade, impossibilidades, e que a poesia pode transcender tudo isso.
    Beijos!

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  9. Santos Dumont, "da sua morada", só lamenta.

    Abraços, poeta!

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  10. Intenso, triste, sentido e belo.
    Bom fim de semana.
    beijinhos
    Maria

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  11. lindo, forte
    cheio de sentimento
    belo haicai

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